quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

E.M.I. - Projeto Blog

Foi proposto a nós alunos da escola; E.E.B Dom Jaime de Barros Câmara que  localiza-se no bairro Ribeirão da Ilha, Florianópolis - SC  em 2009 que o projeto do EMI (Ensino Médio Inovador), fosse aplicado neste ano de 2010, um dos objetivos deste projeto será criar um blog sobre temas trabalhados em aula (ou oficina). Bom, nosso blog abordará o tema escolhido por nós: ''A cultura açoriana''. E especificaremos algumas caracteristicas desta cultura. Os intregantes do nosso grupo são: Catherine, Maria Eduarda, Mauro, Nádia e Tayná.

Como a cultura chegou à florianópolis

Entre 1748 e 1756 vieram a nossa ilha, então chamada Desterro, cerca de 6 mil açorianos. Provenientes da Ilha da Madeira e do Arquipélago dos Açores. Eram casais que tinham o intuíto de construir uma nova vida em nossa ilha, esperavam encontrar condições climaticas iguais as de suas ilhas portuguesas. E pretendiam instalar moinhos de trigo. Mas acabaram percebendo que o solo não era propício para a plantação, e o vento não era constante para girar as rodas do moinho, então foi um sonho fracassado. Porém conheceram os índios e a sua cultura, a da plantaçao de mandioca e a da pesca. Construíram aqui suas casas e constituíram família. Hoje os descendentes desses açorianos, chamados manézinhos da ilha, mantém a cultura que erdaram. As casas já não são mais como as antigas, mas as que restaram foram tombadas e viraram patrimônio histórico e cultural. Ainda há a pesca e os costumes do passado, como o consumo da farinha de mandioca em muitos pratos típicos.



Saiba mais sobre essa cultura

  Os imigrantes açorianos incutiram na cultura brasileira, mais particularmente em Florianópolis, sua cultura rica e variada, e através dos séculos, continua dando bons frutos, influenciando forntemente o cenário cultural da região.
Na grande Florianópolis, a antiga tradição do artesanato açoriano é representada nos trançados de rede, rendas de bilro e tramóias, tapeçarias de tear e na confecção de esteiras, balaios e gaiolas.
  A gastronomia da cidade também foi muito influenciada pelos Açores: pratos feitos à base de peixe, moluscos e crustáceos enriquecem a culinária da ilha e do continente. Nas danças e folguedos, os exemplos mais vivos dessa tradição estão presentes na dança de pau de fita e no folguedo do boi mamão.
  Na arquitetura também se vê traços desse povo, no casario colonial e nas igrejas seculares que remete à religiosidade que acompanhou o povo açoriano, por isso as festas religiosas continuam sendo um dos valores mais expressivos de sua cultura. Dentre estas festas vale ressaltar a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a procissão do Senhor Jesus dos Passos, a festa do Divino Espírito Santo e o Terno de Reis.
A literatura se enriqueceu com as quadrinhas, o pão-por-Deus, os provérbios, as cantigas e lendas. Não podemos esquecer também do modo de falar do “manezinho”, que se caracteriza por um som cantado e por uma alta velocidade de flexão de voz.

Pesca e Maricultura

Cerca de 90% da produção nacional de moluscos do estado se concentra no estado de Santa Catarina, e as principais cidades produtoras são Palhoça, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Bombinhas, Penha e São Francisco do Sul. Essa cultura de pesca veio junto com os açorianos e se tornou uma boa fonte de renda para os moradores. Apesar de que hoje a pesca e a maricultura perderam a força, já que não é possível sobreviver apenas do dinheiro da venda dos moluscos e peixes. Mas a imagem dos pescadores e suas redes de pesca artesanais assim como as fazendas de ostras tornaram-se um cartão postal da nossa cidade. E no ribeirão da ilha é onde há a maior concentração de cultivo de ostras, a sua produção é distruída por vários mercados e restaurantes. Portanto quem vier a Florianópolis ou mesmo na freguesia do ribeirão, aonde há vários restaurantes especializados em frutos do mar, não pode deixar de experimentar essas iguarias.

Tradições


Para começar falando sobre as tradições açorianas, vamos iniciar com esta pergunta;


O que é tradição?

 Bem, todos devem ter a base da resposta desta pergunta, mas mesmo assim iremos explicar; Tradição é a transmissão de práticas ou de valores espirituais passados de geração em geração, o conjunto das crenças de um povo, algo que é seguido conservadoramente e com respeito através das gerações.


 E a cultura açoriana é rica em tradições, que basicamente é imposta pela religião, compostas por ficção unida com a realidade. Os açorianos e seus descendentes sempre foram muito criativos no seu saber popular, tinham a habilidade de improvisar versos de onde surgiam verdadeiros poemas e mensagens de amor ou crítica que até podemos chamar de "trovadorismo". Como; pão-por-Deus, as quadras populares as trovas, os causos e os ditados populares são algumas das formas de  expressão da literatura açoriana escrita e falada.

 Em relação as essas virtudes criavam muitas outras tradições encorporadas em mitos com por exemplo:


 -  BOI-DE-MAMÃO (já citado antes)

 

 - RENDA DE BILROS

  De origem açoriana, a renda de bilros ainda pode ser encontrada em alguns recantos da ilha, como a Lagoa da Conceição. As rendeiras da Lagoa dão nome à mais importante avenida da região, a Avenida das Rendeiras, que abriga diversos pontos de venda do artesanato. A renda é toda trabalhada através de peças de madeira ou metal, chamadas bilros. 

 - PESCA ARTESANAL - PESCA DA TAINHA
   
      A pesca ocorre entre os meses de maio e julho, época em que as tainhas migram do extremo sul do continente para a costa do Paraná e de Santa Catarina. Olheiros identificam o cardume no mar e avisam os pescadores na praia. As baleeiras (barco da foto) fazem o cerco aos peixes e as redes são puxadas da praia pelos pescadores ou quem mais queira ajudar. O procedimento é conhecido por pesca de arrasto, ou “arrastão”.
- PESCA ARTESANAL - TARRAFA

  A tarrafa é uma espécie de rede em formato de cone, destinada à captura de peixes e camarão.  “Tarrafear” não é tarefa fácil, mas uma rede bem lançada é um bonito espetáculo, e garantia de boa pescaria. Parte da rede é presa entre os dentes, para que fique bem aberta quando lançada.
   
- FESTA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO (já cidado)


 - PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS

  Nos Açores a Procissão ocorria, e ocorre ainda hoje, em várias Capelas e Freguesias das diversas ilhas, em dias diferentes da semana anterior à Semana Santa. Em Florianópolis a primeira celebração teria acontecido em 1766, em uma Quinta-Feira, dois anos após a chegada da imagem à Desterro e da fundação da confraria "Irmandade do Senhor Jesus dos Passos", que administra e custeia o Hospital de Caridade. 

- TERNO DE REIS (já citado)
 - PAU DE FITAS  (já citado)


- PÃO POR DEUS

   Legítima tradição açoriana, junta dois tipos de manifestações artísticas: o artesanato de papel e o repentismo poéticos das quadras e quintilhas. Constitui-se do pedido de uma dádiva que se faz a outra pessoa amiga ou conhecida, ou entre namorados. A troca de corações ocorre em setembro, na entrada da primavera. Fonte: Livro Festas e Tradições Populares de Itajaí.


- FESTA DA SANTISSÍMA TRINDADE
(festa da laranja)

A festa é organizada pela Paróquia Santíssima Trindade, no bairro Trindade, nos meses de maio ou junho, contendo programação musical, barracas com comidas típicas e brincadeiras, além de missas e cortejos.


 - CERÂMICA

  A cerâmica de origem açoriana tem duas finalidades: utilitária e figurativa. São produzidos vasos, brinquedos, louças, inclusive para divertimento das crianças, imagens do folclore local, entre outros.


 - RATOEIRA (cantoria)
A cultura açoriana é rica em cantigas e cantorias. A Ratoeira era uma espécie de roda de homens e mulheres, onde cada um expunha os seus sentimentos em forma de versos cantados em quadrinhas que obedeciam uma rima, dentro de um ritmo, andamento e melodia pré-definidos.



Fonte para os recursos dos exemplos: http://www.vivonumailha.com/page2/page2.html

Religião




Observação: Antes de falarmos sobre a religião é importante citar que ela descende da tradição.

Divino Espírito Santo

O culto ao Divino Espírito Santo é a expressão religiosa desta cultura que está praticamente em todos os recantos do nosso país. Esta festa vem de épocas remotas instituída em Portugal, pela Rainha Isabel, no século XVI, para cá imigrou com os colonos portugueses, e também pelos jesuítas, que por meio dela conseguiram atrair negros e índios para o seu credo. A Festa do Divino é a festa da fartura e da prodigalidade, e o seu maior motivo é que o Espírito Santo abençoe com seus dons e dádivas, e que proteja as terras com boa colheita, mas para isso é preciso que haja muito pão, carne e vinho. Outras manifestações de fé são os pagamentos de promessas e a Mesa dos inocentes.








Terno de Reis

A tradição do Terno de Reis foi trazida para o Brasil pelos colonizadores luso-açorianos e é mantida principalmente no litoral do Brasil e no meio rural.
O Terno de Reis é inspirado na história bíblica dos Três Reis Magos. Seguindo uma estrela que surge no céu no dia de seu nascimento, 25 de dezembro, Gaspar, Melchior e Baltazar, saem à procura do Menino Jesus, levando presentes (ouro, mirra e incenso) e chegam a Belém no dia 6 de janeiro, Dia de Reis. 
Adaptado aos folguedos lusitanos, o Terno de Reis canta a história durante o mês de dezembro até o dia 6 de janeiro. Os grupos formados por cantores e instrumentistas percorrem as casas do início da noite ao amanhecer.
A apresentação se divide em três partes. Na chegada, saúdam os donos da casa e pedem licença para entrar. No segundo ato, louvam o menino Jesus em frente ao presépio. A cantoria é interrompida quando o dono da casa, seguindo o exemplo dos Reis Magos, presenteia o grupo com bebidas e comidas. A apresentação se encerra com o agradecimento e despedida. Segundo a cultura popular quem recebe o Terno de Reis em sua casa é abençoado.


               




















terça-feira, 30 de novembro de 2010

Culinaria Açoriana

   A gastronomia açoriana envolve produtos de origem agropecuária, frutos do mar e pescados, que vão bem com bebidas. A maior parte das receitas agrícolas está relacionada à farinha de mandioca, milho e feijão, produtos básicos de sua alimentação: cuscuz, rosca de polvilho, beiju, pamonha e roupa-velha de carne no feijão são alguns exemplos.
  Uma região que possui essa cultura, é o Ribeirão da Ilha (onde localiza-se nosso colégio "Dom Jaime de Barros Câmara") e um dos maiores pontos turisticos deste lugar, são os restaurantes, pois investem nessa ala culinaria e a encrementam com criatividade preparando de camarão a moranga até mesmo ostra gratinada dentre outros sabores inesquessiveis.
Delicie-se com alguns dos suculentos exemplos asseguir:


 
Paeja

 Tainha assada com acompanhamento

Berbigão temperado

Camarão amilanesa

Pirão de caldo de peixe

Ostra gratinada


Casquinha de siri




















Arquitetura Açoriana

  Em Santa Catarina, o material mais usado na habitação rural é a madeira: a floresta tropical do litoral e a araucária do planalto fornecem es­se material em abundância. São as de pau-a-pique com coberturas de palha, ou então são feitas as paredes de barro, com armação de taquara; já a cobertura com telhas de barro cozido denota melhoramento - é a casa de oitão, tipo fundamental em Santa Catarina.
  Já o descendente dos açorianos e vicentistas os quais se fixaram nos três pontos do litoral ­ São Francisco, Laguna e a Ilha, quando constrói um edifício rudimentar, recorre a esse modelo, com uma variante - o beirado, que deve ser uma imitação da casa urbana.
  Assim, pois, observando o tipo das casas de origem açoriana ou vicentista, principalmente, na nossa cidade, onde apesar das demolições pelo avanço das construções modernas, se notam ainda as diversas características dessa influência, dando a nossa cidade um aspecto “sui generis”, vimos que, dentro da cidade portuguesa de blocos cerrados, a casa de oitão era impossível de ser levantada. É que, com a vinda dos casais açorianos a colonizar nosso litoral, o governo português determina a construção das povoações sempre dentro de um formato: praça central, tendo numa das faces da igreja e noutra a casa do governo; dessa praça, sairiam ruas paralelas com certo número de palmos para cada família. Os açorianos, chegando à Desterro em 1748, em levas sucessivas até 1756, localizaram-se aqui ou espalharam-se para Enseada de Brito, Laguna, São Miguel, São José, Sto. Antônio, Rio Tavares, Lagoa, Ribeirão, Canasvieiras, Trindade e para o Rio Grande do Sul.
  Só no começo do século XIX, a população de Florianópolis consegue ascender do grau de decadência e miséria a que tinha chegado, por diversos fatores de ordem econômica e social; Já se delineava então uma certa classe média, sendo a nobreza da terra, os armadores (antigos proprietários de terra). Não havia grandes proprietários de terra na cidade (foi na base da desclassificação da grande lavoura, do lavrador e a classificação do armador que se estruturou a sociedade desterrense). 
  Assim, pois, as casas, baixas, pegadas umas as outras, geralmente com testada exíguas e duas águas, alinhavam-se em ruas estreitas, partindo do centro, as três fontes de água, existentes nas proximidades. É o que se observa hoje na localização da praça “XV de Novembro, com a série de ruas ali desembocado: Conselheiro Mafra, Felipe Schimidt, Tiradentes, João Pinto, etc.  

 

  

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Folclore

  Boi de Mamão

  Desde 1998, em espaços públicos, a FCFFC realiza o Concurso de Boi-de-Mamão de Florianópolis. As inscrições gratuitas são abertas a grupos infantis e adultos de Santa Catarina, que concorrem a prêmios em dinheiro e troféus. Os quesitos observados pelos jurados são a cantoria (letra e música), as vestimentas das personagens, a autenticidade (originalidade), coreografia e evolução, a animação e a relação com público. Neste ano, o evento teve a participação de onze grupos: foram selecionados sete na categoria adulto e quatro na categoria infantil, sendo esta última aberta em 2000, tamanho o interesse das crianças em aprender e participar deste que é um dos mais antigos folguedos do litoral catarinense. Alguns grupos surgiram depois de formados nas oficinas oferecidas pela FCFFC e outros são dissidentes de associações folclóricas mais antigas. A iniciativa garante que o folclore se mantenha e a tradição se perpetue, além de proporcionar mais uma alternativa para o turismo cultural. O Boi-de-Mamão, de origem afriacana, é uma encenação que envolve dança e cantoria em torno do tema épico da morte e ressurreição de um boi. No litoral catarinense, o auto incorporou a presença açoriana através da cantoria e dos instrumentos musicais. Segundo alguns folcloristas, antigamente, era chamado de Boi-de-Pano, por causa do material empregado para confeccionar o bicho. Certa vez, na pressa de fazê-lo, foi usado um mamão verde para servir de cabeça, então, batizando a brincadeira. Outros alegam o fato de o brincante "mamar", beber cachaça, antes de vestir a fantasia do boi.






   Pau-de-Fita 

   A Dança do Pau-de-Fita, no folclore catarinense, é apresentada por vários grupos, cuja formação étnica é responsável pela diversificação da nossa cultura popular. De origem portuguesa, encontramo-la associada à Dança dos Arcos de Flores e a Jardineira. De origem alemã e hispânica, nos grupos folclóricos teutos e nas danças típicas dos campos. São Francisco do Sul, apresenta o Pau-de-Fita de origem portuguesa. É uma apresentação das mais lindas do nosso folclore, em grupos pares, de oito a doze, por damas e cavalheiros que ao som da música, dançam e cantam em torno de um mastro que traz na ponta superior um passarinho empalhado, de onde saem fitas de várias cores. Ao compasso da apresentação as fitas vão sendo trançadas e depois destrançadas, dando ao espectador um belíssimo visual. A Dança da Fita é desenvolvida da seguinte maneira: é colocado no centro um mastro chamado pau-de-fita de aproximadamente 3m de altura com doze fitas (duas vermelhas, duas verdes, duas amarelas, duas azuis, duas rosas e duas azul marinho). Ao lado do mastro, formam-se duas filas, do lado direito os homens e do esquerdo as mulheres. Na cabeceira das duas filas fica o mestre e num sinal feito através do apito tem início a dança. O primeiro movimento é conhecido como preparação da terra para o plantio da árvore. No segundo movimento os dançadores cruzam as fitas, que significa a escolha da semente. No terceiro movimento inicia-se a semeadura. No quarto já se percebem as tranças formadas em um total de cinco trançados diferentes que simbolizam as raízes. Quando o mastro fica totalmente coberto pelas tranças, os adultos são substituídos pelas crianças que irão realizar a destrança. As crianças simbolizam as folhas da árvore. Quando termina o movimento executado pelas crianças o mastro é transformado simbolicamente em belíssima árvore, sendo este o final da dança.